“O isolamento não é momento de inércia”, diz infectologista do Hospital de Clínicas de São Paulo

Na manhã desta quinta-feira (16), o coordenador do ambulatório de infectologia do Hospital das Clínicas de São Paulo, o infectologista Max Lopes, reservou uma parte do tempo dele para conversar com o público no Webinar PVE. O médico explicou a origem do coronavírus atual, o SARS-COV-2, desde o primeiro registro da Covid-19 e o processo de incubação do vírus. Clique aqui para conferir a apresentação completa.

Com escolas fechadas desde meados de março em todo o país, professores, gestores e familiares estão pesquisando como enfrentar esse tempo incomum e de muita convivência familiar.

— O isolamento não é momento de inércia, é momento de rever o que está sendo feito, entender o que está acontecendo e planejar melhor para frente — orienta o médico. 

Sobre o retorno das escolas e atividades normais, o médico relembra que ainda estamos no início dessa crise e planejamentos nesse momento ainda são muito precipitados. 

— Não adianta a gente querer planejar tudo, a gente não tem conhecimento de tudo. Mas as principais medidas hoje são: lave as mãos, use máscaras e não permita o contato entre pessoas sintomáticas e pessoas assintomáticas. 

Tratamento com cloroquina

Max ressalta que, apesar de haver muito diálogo sobre a substância Cloroquina, não há literatura médica suficiente neste momento que prove a eficácia ou influência do medicamento no tratamento da doença. Pelo menos agora, em meados de abril, não há uma única solução encontrada por meio da ciência que possa se aplicar a todos os infectados.

— Do ponto de vista médico, você tem pouco dado sobre o funcionamento da cloroquina. A maior parte das pessoas vai melhorar independente de qualquer coisa. Não tem nada muito sólido em termos de tratamento para esse tipo de doença. O que fazemos é manejar as complicações conforme o tempo — reflete.

Materiais deste webinar:

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