Para finalizar um ano de muito trabalho aqui na Parceria pela Valorização da Educação, reencontramos mobilizadores, formadores e técnicos de mobilização na manhã desta quarta-feira (16) para a entrega do Prêmio PVE 2020. A cerimônia foi conduzida virtualmente via Zoom. Confira os vencedores abaixo!

 

Com a presença especial de Carlinhos Brown e os parceiros já conhecidos do PVE Claudia Costin e Carlos Sanches, recebemos mais de 300 pessoas para acompanhar a cerimônia de divulgação dos vencedores do Prêmio PVE 2020. Bira Azevedo foi, mais uma vez, o mestre de cerimônias do evento.

 

 

Saiba quais são os municípios vencedores

 

Relacionamento com Famílias

 

Brasilândia (MS)

Quando Brasilândia implementou a aprendizagem remota, logo a secretaria de Educação reparou que nem todos os alunos estavam tendo acesso ao material disponibilizado online. Por meio da escuta dos professores, detectaram que os alunos da zona rural tinham dificuldade de conexão com a internet. Para não deixar nenhum pra trás, parcerias com o Conselho Tutelar, um agente de saúde indígena e com um funcionário da escola diminuíram a distância entre a escola e os estudantes, estabelecendo um fluxo para que os alunos recebessem em casa, na Aldeia Ofaié, o material impresso para a aprendizagem remota. 

 

Colombo (PR)

A cidade paranaense de Colombo, antes mesmo de repassar conteúdos, preocupou-se em ouvir as famílias e estudantes no início do distanciamento social. A escuta especializada se tornou uma prática organizada, por meio de telefone, e-mails e videochamadas, em todas as escolas de educação infantil. A partir daí, o planejamento da aprendizagem remota foi organizado considerando as particularidades de cada turma, com atividades mais aderentes e coerentes ao contexto de cada família.

 

Ibirama (SC)

Os Centros de Educação Infantil de Ibirama criaram o projeto Brincadeira e Interações no Espaço Familiar, para trazer orientações aos familiares sobre como fomentar o desenvolvimento das crianças. Foram tutoriais para o acesso ao ensino remoto e diversos outros materiais para apoiar as famílias e fortalecer o vínculo com a escola nesse momento. Também foi criada a Cartilha Online, um material de referência sobre a importância da rotina para bebês e crianças, alimentação saudável, higiene e desenvolvimento motor infantil. Todos os materiais foram compartilhados pelas redes sociais, Google Drive e Portal do Aluno do município. Os CEIs promoveram, também, encontros formativos, via videoconferência, com profissionais da saúde para orientação das famílias.

 

Lagamar (MG)

O povo de Lagamar, no noroeste de Minas Gerais, apostou em podcasts para repassar os conteúdos escolares da rede municipal. Criou-se uma rede de distribuição dos áudios para toda a cidade, duas vezes por semana, divididos em duas temporadas. Os principais canais de distribuição foram a rádio comunitária local e grupos das turmas no WhatsApp. A primeira temporada focou em auxiliar e estruturar as famílias para a aprendizagem remota, as aproximando do ambiente escolar. A segunda temporada focou nas competências socioemocionais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

 

Salto de Pirapora (SP)

A cidade do interior paulista tirou uma ideia da formação do PVE direto para o dia a dia dos estudantes: trabalhar as emoções. O projeto Nosso Mundo Conectado pelas Emoções envolveu alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental durante o período de distanciamento social. Professores se aliaram aos familiares para trabalhar a temática mesmo a distância: materiais para as atividades eram entregues aos alunos e pais e responsáveis ficaram responsáveis por registrar o momento, para capturar a primeira reação das crianças. 

 

Votorantim (SP)

Inspirados na campanha italiana Andrà Tutto Bene, a rede municipal de Votorantim lançou a campanha Vai Ficar Tudo Bem, com o objetivo de unir, mesmo à distância, famílias por um mesmo sentimento. Na primeira etapa, as crianças foram convidadas a desenhar arcos-íris e expor os desenhos na frente da casa, em janelas ou portões. Para divulgar a ideia, a escola que iniciou o movimento, a CMEI Felipe Kalil, criou o jornal Mão com Mão, uma publicação impressa entregue junto com o kit merenda. O jornal também atendeu a famílias com dificuldades no acesso à internet, trazendo brincadeiras, histórias e propostas de atividades para aprendizagem remota.

 

Experiências de Ensino

 

Almirante Tamandaré (PR)

Apesar do governo estadual optar pela aprendizagem remota online, Almirante Tamandaré decidiu fazer diferente. Olhando para seus próprios indicadores sociais, principalmente o de acesso à internet, a secretaria de educação do município decidiu entregar atividades impressas em pontos pré-definidos, as “Casas Sementeiras”. Esse projeto foi denominado Programa Municipal de Aprendizagens Integrais Remotas (PMAIR). As 258 casas se tornaram referência local de informações sobre a prevenção do Covid-19 nas comunidades e sede para a retirada das atividades impressas. 

 

Simões (PI)

O diário da quarentena foi uma das iniciativas criadas pela rede municipal de Simões para a organização da aprendizagem remota. Entre maio e agosto, estudantes de todas as turmas registraram, diariamente, seus cotidianos no distanciamento social, respeitando a rotina de aprendizagem de cada ano. A ideia foi que os alunos pudessem registrar, também, seus sentimentos e relacionamento com a escola, por meio da escrita, desenho, histórias em quadrinhos ou fotos.

 

Xambioá (TO)

Com a entrega de atividades impressas organizada, a rede municipal de Xambioá sentiu falta do monitoramento da aprendizagem dos alunos. A equipe se organizou para identificar alunos que eram infrequentes antes mesmo da pandemia e fazer uma busca ativa dos estudantes em situação de maior vulnerabilidade social. Professores, coordenadores, diretores, familiares e comunidades se uniram para não deixar nenhum para trás. 

 

São Sebastião da Vargem Alegre (MG)

Em Minas Gerais, a cidade de São Sebastião da Vargem Alegre não se preocupou somente com a entrega dos materiais didáticos, mas também com o acolhimento emocional dos estudantes, com mensagens de incentivo aos familiares e responsáveis. São Sebastião também se preocupou em informar e formar as famílias sobre o plano de aprendizagem remota municipal, com vídeos, carta de informações, kits de máscaras e álcool gel.

 

Juquiá (SP)

A cidade do interior de São Paulo buscou ouvir os familiares e responsáveis via pesquisa para definir como seriam as atividades remotas durante o ano da pandemia. Com a maioria optando por não retornar presencialmente em 2020, a secretaria reorganizou, por resolução, as atividades pedagógicas, a entrega dos materiais impressos, as cargas horárias e as demandas dos profissionais da educação. Com isso, puderam organizar todo o ano letivo a distância, ouvindo a população.

 

Protagonismo Jovem

 

Curral Novo do Piauí (PI)

Os jovens de Curral Novo tomaram as rédeas da mobilização, de ponta a ponta da cidade. As transmissões no grupo do município mobilizaram atores de vários setores da sociedade e atingiu mais de 1000 pessoas! Também é de lá a ideia da telemensagem, para aliviar a dor da saudade durante o período de isolamento. Outra ação foi a tele-entrega de livros, que movimentou mais de 500 exemplares totalmente de graça. 

 

 

Betânia do Piauí (PI)

Também no Piauí, o município de Betânia apostou nas redes sociais como forma de aproximação durante o período de distanciamento social. A transmissão Minuto Jovem abriu um canal de comunicação entre os jovens, uma roda de conversa sobre a pandemia e o contexto em que estamos. Seguindo a tradição nordestina, também produziram e transmitiram um especial de São João na rádio Betânia FM 104.5. Por fim, um show de talentos com votação pública movimentou o segundo semestre da mobilização.

 

 

Limeira (SP)

A rede municipal de Limeira apoiou o projeto Enem de Quarentena, que consiste de dois grupos no whatsapp que se tornaram verdadeiras centrais de notícia sobre o Enem. Os moderadores, que são alunos do Ensino Técnico, compartilham materiais didáticos, informações sobre concursos vestibulares e Enem, para mais de 500 estudantes.

 

 

Matão (SP)

Em parceria com o programa Jovens Transformadores, do Instituto Terroá, a cidade do interior de São Paulo buscou desenvolver a formação em cidadania dos jovens da cidade. Foram promovidos encontros formativos e oficinas com os jovens, fomentando ações protagonizadas por eles e o desenvolvimento da cidadania e democracia. 

 

Esteio (RS)

No Rio Grande do Sul, a mobilização jovem em Esteio deu início ao projeto Grupos de Protagonismo Juvenil, de responsabilidade da Coordenação de Projetos, Tecnologias e Inovação da Secretaria Municipal de Educação de Esteio para a Rede Municipal de Educação de Esteio. Antes da pandemia, o objetivo inicial era reunir líderes de turmas dos anos finais do Ensino Fundamental, para uma agenda de atividades de acompanhamento das ações de protagonismo e de socialização entre os estudantes das diversas escolas. Com o distanciamento social, adaptações foram feitas ao programa para que ele continuasse sendo executado.