Nos últimos anos, a ideia de uma educação integral, abrangendo as competências acadêmicas e socioemocionais, tem sido cada vez mais aceita. A discussão começou nos meados dos anos 1990, quando a ONU e a UNESCO divulgaram relatórios sobre a importância de uma educação completa para o desenvolvimento dos jovens. O tema veio à tona novamente com a nova Base Nacional Curricular Comum que coloca essas habilidades como essenciais para o ensino.
É importante ressaltar que as habilidades emocionais estão profundamente ligadas às cognitivas, de modo que o desenvolvimento socioemocional dos alunos traz melhorias em seus resultados acadêmicos. Quando os estudantes estão menos suscetíveis a frustrações frente às adversidades, eles se abrem mais para o aprendizado e ganham autonomia na resolução de problemas. No mais, há diversos outros benefícios que provém do equilíbrio entre desenvolvimento cognitivo e socioemocional:
- Bullying: um dos problemas mais comuns em escolas pode ser reduzido com um ensino integrado. Ter na sala de aula um ambiente aberto e receptivo com professores e alunos conscientes de suas próprias emoções diminui as reações violentas e defensivas. Além disso, dá aos alunos ferramentas para que solucionem problemas de maneiras saudáveis e colaborativas.
- Cidadania: ao adquirir habilidades como empatia, colaboração, pensamento crítico e até o apreço pelos estudos, os jovens estão mais aptos a exercer a cidadania e pensar coletivamente. Não só isso, mas muitas vezes podem auxiliar na educação política dos estudantes.
- Relacionamento familiar: os benefícios de uma educação socioemocional extrapolam os limites das salas de aula. O autoconhecimento e capacidade de gerir emoções é essencial para que a criança e o adolescente entendam o que se espera do papel dos filhos e do papel dos pais. Além disso, pode proporcionar uma relação mais carinhosa e estimular um diálogo aberto entre a família