Prosseguindo em uma jornada de reflexão, o segundo dia do Seminário de Educação da Parceria pela Valorização da Educação (PVE) trouxe mais uma palestra e uma mesa redonda com especialistas brasileiros e estrangeiros em torno do tema: como preparar as redes de ensino e garantir a aprendizagem dos estudantes?

 

O gerente geral do Instituto Votorantim, Rafael Gioielli, iniciou a manhã recebendo os representantes da Votorantim Energia, Votorantim Cimentos, Citrosuco e Votorantim SA, retomando a caminhada e a parceria que o projeto tem realizado ao longo dos anos com as empresas investidas pela Votorantim.

 

Assista à palestra na íntegra:

 

A palestra magna ficou por conta de Alexandre Schneider, do Instituto Singularidades. Alexandre também é ex-secretário de Educação de São Paulo. O momento de fala exaltou da construção de decisões de gestão baseadas nos protocolos da saúde para a segurança das atividades presenciais, além do trabalho da intersetorialidade para a garantia dos Direitos de Aprendizagem.

 

— Teremos que personalizar e agrupar estudantes em salas de aula de acordo com suas necessidades. Não é mais a aula que dávamos antigamente, não é mais o cuidado pedagógico que tínhamos no passado — declarou.

 

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Como Preparar as Redes de Ensino e Garantir a Aprendizagem dos Estudantes?

 

 

A mesa redonda desta quarta-feira reuniu quatro especialistas de diferentes áreas para debater o ano letivo de 2021 e as possíveis soluções dentro do contexto pandêmico. Com a mediação de Mônica Pinto, da Fundação Roberto Marinho, estiveram presentes Daniella Rocha, do Unicef, Fernando Reimers, professor da Harvard Graduate School, Lúcia Dellagnelo, presidente do Centro para a Inovação da Educação Brasileira (Cieb) e Pilar Lacerda, ex-secretária de Educação Básica do Ministério da Educação.

 

Com o recurso de tradução simultânea, o professor Fernando Reimers compartilhou os materiais didáticos cuja produção ele coordenou sobre a atuação de gestores e professores durante a pandemia.

 

— A pandemia exige uma liderança adaptativa, uma liderança que tem que se apoiar numa participação e cooperação de todos os atores envolvidos na Educação — pressupôs o professor.

 

— Ninguém tem uma resposta pronta nesse momento de o que dá certo e o professor Fernando também trouxe isso: o líder tem que ter a humildade de saber que estamos experimentando algumas coisas, estamos aprendendo — opinou Lúcia Dellagnelo, do Cieb.

 

 

Em seguida, Pilar Lacerda, presidente da Fundação SM Brasil e ex-secretária de Educação Básica do MEC fez uma breve fala, defendendo o trabalho da intersetorialidade no tratamento com as famílias e os estudantes para a garantia do Direito 

 

—  Não existe a possibilidade de uma parcela de estudantes não retornar para a escola e seguirmos adiante. Isso vai ferir o direito à Educação Básica, dos 4 aos 17 anos, está na Constituição. Não é caridade ou filantropia, são direitos — afirmou.

 

Saiba mais sobre a Busca Ativa do Unicef

 

A fala de Lúcia Dellagnelo, do Centro de Inovação para a Educação Brasileira (Cieb), focou nas alternativas de Ensino Híbrido e como escolas e administrações públicas podem se organizar para garantir o direito à aprendizagem dos estudantes.

— Devemos aproveitar o potencial transformador da tecnologia para transformarmos a educação — defendeu Lúcia.

 

Finalizando, Daniella Rocha, do Unicef, apresentou o projeto de Busca Ativa desenvolvido pela entidade, que, usando uma metodologia própria, detecta alunos com potencial de evasão ou desistência escolar e notifica a escola e os setores da Saúde e da Assistência Social. A plataforma é gratuita e gestores municipais que quiserem aderir ao projeto devem entrar em contato com o próprio Unicef. Leia mais sobre a Busca Ativa.

 

— A consequência de saída da escola às vezes é apenas um sintoma daquele estudante ou daquela família — relatou Daniella.

 

Quem participou do evento também pode comentar e compartilhar suas experiências via o chat ao vivo, moderado pelo Instituto Votorantim.

 

— Esses momentos nos permitem dialogar, tanto com especialistas, mas o mais importante é ter algum nível de contato com os municípios! Ainda que nem sempre sejam exatamente perguntas, as discussões são muito ricas, as pessoas contam coisas que estão vivendo, um inspira ao outro e fomenta esse diálogo que é muito legal — concluiu Daniella.

 

Guias, ferramentas e materiais:

— Livro gratuito: Educar os estudantes para melhorar o mundo, de Prof. Fernando Reimers. clique aqui para baixar 

— Livro gratuito: Empoderando professores para construir um mundo melhor, de Prof. Fernando Reimers. Clique aqui para baixar 

— Livro: Empoderar Todos os Estudantes em Larga Escala, de Prof. Fernando Reimers. Clique aqui para comprar.

— Livro: Cartas para um novo ministro da Educação, organizado por Prof. Fernando Reimers: clique aqui para comprar.