Mais um dia se passou em terras finlandesas e as expectativas estavam altas para conhecer a primeira escola a oeste de Helsinki: a Saunalahti School, em Espoo. Sua construção foi especialmente pensada estrategicamente com o olhar de especialistas em pedagogia. Desde 2012, o prédio de 10.000 m² é referência na Finlândia. 

 

As gestoras e o grupo de educadores brasileiros participaram de uma conversa com a vice-diretora Minna Welin pela manhã e, em seguida, visitaram o complexo, que comporta 800 alunos, do Ensino Fundamental ao Ensino Médio.

 

 

A escola foi construída pelo premiado escritório de arquitetura Verstas, com um conceito baseado em segurança, flexibilidade, ambientes integrados, corredores largos e muita luminosidade, com grandes portas e janelas de vidro. A versatilidade dos objetos faz dos espaços multifuncionais. “As nossas salas são adaptadas para novas necessidades. O auditório, por exemplo, pode se modificar e aumentar sua capacidade para mais 80 pessoas. Quando não há esta necessidade para o espaço, fechamos as cadeiras e vira uma espécie de escola de música”, disse Minna.

 

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Também tivemos a oportunidade de visitar as salas de aula de alunos de várias idades e o grupo ficou impressionado pelo tipo de atividade que eles desenvolvem em classe. “Além das aulas tradicionais, as crianças têm também marcenaria, corte e costura, noções básicas de limpeza doméstica, culinária, entre outras prendas domésticas que ajudam os pequenos a se transformarem em cidadãos. Eles são preparados para a vida”, disse Simoni Sepulchro, técnica da Secretaria de Educação de Aracruz, no Espírito Santo.

 

 

A escola é o coração de Espoo e recebe em suas instalações a comunidade de forma geral. A biblioteca fica aberta ao público à noite, há um espaço pensado para os jovens desenvolverem atividades no contraturno escolar (clube da juventude) e o ginásio também pode ser utilizado fora do horário.

 

A instituição é dividida por alas, que possuem diferentes cores para auxiliar as crianças menores a encontrarem suas salas. A ala laranja, por exemplo, é no 1º andar e conta com alunos dos anos iniciais. Já dentro das salas, as cores são mais amenas, pensadas para que as crianças se acalmem.

 

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A importância do grupo

 

É uma constante na Finlândia a premissa de que tudo deve ser feito coletivamente. Os professores dos mesmos anos planejam as aulas em conjunto e os alunos estudam em grupos, inclusive se sentam juntos em sala. “A ideia é que as crianças sejam colocadas em grupos com a mesma motivação. E quem precisa de ajuda vai receber”, afirmou a vice-diretora Mina. Entretanto, os alunos com necessidades individuais recebem atenção especial, com um plano customizado de ensino.

 

 

Após a visita, o grupo conheceu a região, almoçou em uma universidade e depois retornou a Helsinki para conversar com a consultora de educação finlandesa Eeva Penttila, que além de ter trabalhado mais de 25 anos como diretora de uma escola, também fez parte do Ministério da Educação.

 

Empresas que vendem soluções tecnológicas em educação também estiveram presentes durante a tarde para apresentar seus produtos inovadores, que vão desde a criação de games e tarefas para estudantes, jogos em ambientes reais com smartphones e tablets, formação de professores online, autoavaliação de alunos via aplicativo, entre outros.

 

 

Para fechar o dia com chave de ouro, resolvemos aproveitar para conhecer a Biblioteca Central Oodi. Com fachadas frente ao Parlamento Finlandês, na praça Kansalaistori, a ‘gigante’ possui três andares com um salão enorme e clean com estantes de livros, um café, restaurante, varanda pública, cinema, salas de computadores, espaços individuais, estúdios de gravação de audiovisual e um espaço para oficinas. Há diversos outros serviços além do empréstimo de livros e uma programação variada.

 

Carolina Nunes, gestora de projetos sociais do Instituto Votorantim

 

Ibiraçu e Aracruz foram premiados na categoria Destaque Nacional do Prêmio PVE, nas classificações até 20 mil habitantes e com mais de 20 mil habitantes respectivamente. A premiação ocorreu no início do ano, e se refere a ações realizadas nos municípios referentes a 2018.